Ao ver um papel em branco, sinto a necessidade de preencher suas linhas com palavras.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Crônica - Café da manhã (Autor: Carlúcio Bicudo - registro 553751 - livro 4 B)
“Café da manhã”
De repente, ouvi a porta do meu quarto se abrir. E a luz do corredor invadir o meu quarto.
─ Pedro, acorde já é 6 horas e você precisa tomar café e ir para a escola.
Minha mãe caminhou em direção a janela e abriu-a totalmente. Deixando a luz do sol, penetrar no recinto.
Com os raios de sol, batendo sobre o meu rosto, só me restava levantar da cama. Dar aquela boa espreguiçada e caminhar em direção ao banheiro.
Diante do espelho, fico a observar o meu rosto ainda sonolento. Abro a torneira, pego um pouco de água e jogo no rosto. O choque da água fria no meu rosto ainda quente, me fez acordar definitivamente.
Escovei os dentes, coloquei a roupa da escola e fui para a cozinha, tomar o meu café.
A mesa, como sempre... Bem-posta... Mas, sempre faltava o que eu, mas curto. Sentei-me junto ao meu pai e os meus dois irmãos.
Olhei para os pães e pensei:
“─ Não é o que eu estou a fim de comer. Pensei em um Hambúrguer, hot-dog, ovos mexidos e uma porção de batas fritas com queijo derretido por c ima. Tipo café americano, destes bem gordurosos.”
Subitamente, acordei do meu devaneio, com o meu pai fazendo um pedido:
─ Pedro, me passe o queijo?
Atendi ao pedido do pai, mas estava salivando e mordiscando os lábios, devido a desejo de comer algo mais pesado.
Minha mãe percebeu que algo estava acontecendo. E foi logo perguntando:
─ Não vai tomar o seu café, Pedro?
Fiz uma carinha de cachorro morto e balancei a cabeça dizendo que sim.
Estiquei a mão em direção a broa, cortei uma fatia e comecei a comer sem muita satisfação.
Meu irmão Bruno, logo gritou:
─ Acho que o Pedro não gostou da sua broa, mamãe?
─ Cala a boca, seu safado! ─ gritei irritado.
O menino, todo enfezado começou a gritar:
─ Mãe, já sei por que o Pedro está assim acabrunhado. Ele quer é comer aquelas porcarias de sempre.
─ Que porcarias são essas, menino? ─ disse a mãe com a cara fechada.
─ Bruno, já te avisei para ficar com a boca calada.
Dona Marta, interveio na discussão que estava começando a se instalar.
─ Fiquem em silêncio os dois. Não quero mais ouvir brigas entre irmãos. E tratou logo de interrogar:
─ Pedro, porque você não quer tomar o café direito?
─ Sabe o que é? Café com leite e pão com manteiga, todos os dias. Enjoa! A senhora, bem que podia fazer uma pizza, ou um Hambúrguer, acompanhado de um suco ou refrigerante. Assim, ficaríamos com sustância e melhor alimentados.
─ Era só o que me faltava... Pedro enjoado do café da manhã.
─ O que deu em você, cara? ─ perguntou o pai, assustado com o rumo da conversa.
─ Pai, já estou enjoado de sempre a mesma coisa. Ouvir o cardápio dá até som. Veja só:
“Café com pão, manteiga não. Café com pão manteiga não. Café com pão, manteiga não.”
Todos não aguentaram e começaram a gargalhar.
Pedro baixou a cabeça,todo envergonhado.
Autor: Carlúcio Bicudo - registro 553751 - livro 4 B)
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