O corvo e a raposa
(Autor: Carlucio O.Bicudo - registro 35482 - livro 2 B)
Certa vez, uma raposa que se achava em estado lastimado devido à grande fome que estava assolando a sua região, decidiu abandonar as terras onde habitava desde que nasceu e partiu em busca de novos horizontes, onde comida fosse farta.
Ela começou a longa jornada, até chegar próximo a uma fazenda.
A noite já vinha caindo e a fome só apertava, quando a raposa avistou um corvo pousado em um galho de uma árvore seca na beira da estrada.
O corvo segurava firme em seu bico um belo pedaço de carne, que tinha conseguido em uma fazenda próxima.
Ah! A como a raposa ficou desesperada para conseguir aquele pedaço de carne. E ficou ali embaixo da árvore, bolando um plano para que pudesse enganar o corvo e pegar aquela iguaria.
A raposa, muito da esperta... lá de baixo, começou a gritar para o corvo:
_ Veja só, que pássaro maravilhoso! _ Como és belo! _ Que plumagem colorida você tem! _ Nunca vi, tanta beleza, reunida em um só pássaro. _ Magnífico!... _ Magnífico! _ Para completar a essa perfeição, só falta mesmo ter um belo canto!
O corvo todo envaidecido, estufou o peito e querendo mostrar para a raposa que também possuía um belo canto, até esqueceu que trazia seguro no bico um belo pedaço de carne.
Ele abriu o bico, e passou a cantarolar....
Imediatamente a carne despencou e a astuta raposa, em um belo bote abocanhou a carne em pleno ar.
A raposa saboreou aquele pedaço de carne, enquanto o corvo sem entender direito o que estava acontecendo, ficou esperando por uma resposta sobre o seu canto.
E assim a velha raposa disse ao corvo:
_ Meu caro senhor, pude até perceber que tem um bom canto, mas não deixei de notar, que o que realmente lhe falta é uma boa inteligência!
Moral da história: Devemos sempre estar atento há quem muito nos elogia.
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