sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fala sério! Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 4876822 - livro 4 A



Fala sério!

(Autor: Carlúcio O. Bicudo – registro 4876822 – livro 4 A)

— E aí, camarada? Tem andado sumido.

— Eu, sumido! Você que não tem aparecido nos últimos tempos.

— Estou sempre por aqui, ralando... Dando o maior duro para sobreviver.

— Deixe de bobagem, compadre. Quem trabalha muito não tem tempo de ganhar dinheiro.

— É, estou vendo! Você está cada vez melhor financeiramente. Acertou na mega-sena?

— Mas ou menos, compadre. Eu tratei de arrumar uma viúva milionária. E me dei bem.

— Carro do ano... Boas roupas. Dinheiro no bolso... Tá podendo amigo... Rsrsrs. A viúva é ao menos apresentável?

— Cara! Ela é uma grande mulher... Boa em todos os sentidos!

— Pelo teu sorriso, acho que está bem feliz.

— Mas ou menos. Sabe como é, para ter tantas mordomias tenho que pagar certo preço.

— Como assim? Não entendi, compadre?

— Ela é feia de doooeerrrrrr. Tem uma perna torta, anda de peruca, pois é careca e todas as noites, tira a dentadura e põe dentro de um copo ao lado da cama. Mas, como dizem por aí: bancando-me, que mal tem. Rs...

— Compadre, Anacleto. Só o senhor mesmo para fazer uma coisa destas.

— Ué! Não acha uma troca justa? Ela me dá mordomia e em troca lhe dou carinho.

— Deixe de ser safado, homem! Não tá vendo que é uma pobre e carente viúva em busca de alguém que possa lhe dar amor de verdade?

— Epa! Por acaso, você está querendo dizer que o meu amor não é verdadeiro? Pois fique você sabendo, compadre, que o meu amor é incondicionalmente fiel a toda a fortuna que ela possui. Rrsrs. Suas grandes fazendas, as 10 casas de comércio, além da sua gorda e polpuda fortuna nos paraísos fiscais.

— O que você está fazendo com está viúva é pilantragem.

— Por que pilantragem? A proposta partiu dela. Foi ela que veio atrás de mim no cabaré da dona Zezé. Ela tanto insistiu que acabei aceitando.

— Mas você casou com ela?

— Bem que queria, mas a velha está relutando... Ela só quer sugar as minhas energias, toda noite. Rsrs.

— Mas, também não é para menos compadre. Afinal, ela tem que tirar a tua energia, antes que você tire dela toda a sua fortuna. Rsrs...

— Fala sério! Só me pagando muito mesmo, para que eu possa deitar todas as noites ao lado dela...

— Tome jeito compadre! Antes que ela mande te capar.

— Que nada! Antes disso, eu a deixarei sem nada.

Fim

Um comentário:

Edi de Barros disse...

RSRSRSRS...É AMIGO VOCE RETRATOU BEM O HOMEM OBJETO,QUE SÓ QUER VIDA BOA ,SEM ESFORÇO NEM TRABALHO...HEHEHEHEH...MUITO BOOOOOM. GOOSTEI MENINO!!!RSRSRSR