sábado, 26 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Haikai - Carlucio O. Bicudo




"Ternura"

Quando escrevo
Desnudo minha alma
De amor e ternura.


Autor: Carlucio O.Bicudo - registro 5825 - Livro 2 A

Haikai - Carlucio O. Bicudo




"Semeando corações"


Borboletas...
Semeiam corações
De amor e paixões.

Autor: Carlucio O.Bicudo - registro 22825 - livro 2A

Haikai - Carlucio O. Bicudo




"Mar de ideias"

Meus Pensamentos...
Navegam entre palavras
Num mar de ideias.


Autor: Carlucio O. Bicudo - Registro 37241 Livro 2A


sábado, 5 de junho de 2010

História "O Saci-pererê" - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 35475 - livro 32 A

O Saci-Pererê
(Autor: Carlucio Oliveira Bicudo. Registro nº: 35475, Livro 32 A - Texto que está no livro Antologia Contos de outono)



Tudo começou quanto uma simpática vovó de nome Zelir, para tentar acalmar os seus dois netinhos Anthony e Gabriel que são muito levados, decide contar a história do negrinho saci-pererê.
_ Meninos fiquem quietos, que a vovó vai contar uma história para vocês.
Os meninos se acomodaram no sofá, para ouvir a sua avó contar a história.
E assim ela começa:
Era uma vez... Lá no meio da mata, tinha um grande bambuzal, onde costuma ficar o sacizeiro.
_ O que é sacizeiro vovó? Perguntou o Gabriel.
_ Sacizeiro é onde os sacis nascem e ficam por lá até completar 7 anos. Depois eles saem pela mata para fazer traquinagem com as pessoas que entram na mata ou que vivem próximas a ela.
Ai a vovó Zelir, continuou a contar a história.
_ O saci é um negrinho, de uma perna só, que tem um gorro vermelho na cabeça e usa um cachimbo e que adora fazer bagunça, deixar as pessoas doidas de raivas.
Os meninos logo começaram a rir, e perguntaram:
_ Mas vovó, como eram as maldades feitas pelo saci?
_ Meus queridos netinhos, ele não tem dó. São brincadeiras atrás de brincadeiras. A vovó respirou fundo e continuou.
_ Conta à lenda que uma vez, três caçadores, entraram na mata para caçar animais para vender na feira da cidade.
_ Eles já haviam caçado, vários animais, como: pacas, cutias, tatus, tamanduás, macacos e outros animais. Logo o saci-pererê ficou sabendo. E não gostou nada. E disse:
_Vou dar uma lição nestes cabras safados.
Anthony logo gritou:
_ Isso mesmo saci, acabe com estes caçadores malvados.
Vovó Zelir pediu para ele ficar em silêncio e continuou a contar a história.
_ O saci saiu no meio de um rodamoinho de areia, para encontrar os caçadores. Ao encontrá-los, ele ficou a espreitar a forma de como ele iria fazer para castigar os caçadores.
Pensou!...Pensou!
Neste momento os caçadores estavam descansando os cavalos e preparando o almoço.
Então, o saci tirou o seu gorro, e imediatamente ficou invisível, e foi dar nós na crina dos cavalos sem que os caçadores pudessem vê-lo. Mas os cavalos começaram a ficar agitados, eles olharam para os animais e nada viam. Só ouviam uns piados estranhos, que parecia ser de uma ave que vinha de várias direções, mas acabaram não se importando.
Neste momento a vovó Zelir para e explica outra lenda sobre o saci.
_Queridos netinhos, conta à lenda ainda que o saci tem a capacidade de se transformar numa ave chamada de Mati-taperê e que seus olhos são vermelhos como o fogo e que o seu canto possui diversos tipos de timbre, fazendo com que as pessoas que a ouçam percam o rumo, sem achar o caminho de volta.
Anthony, logo perguntou a sua avó:
_ Vovó é por isso que os caçadores ouviram os estranhos piados?
Ela respondeu.
_ Sim. Era o saci que tinha se transformado no Mati-taperê e estava tentando deixar os caçadores desorientados.
E os dois meninos gritaram:
_ Que legal!
Vovó Zelir, então começou a contar novamente.
_O saci pegou sal e colocou no bule do café, misturou açúcar no feijão e encheu de terra a carne que eles haviam preparado para comer.
Assim que eles começaram a comer, um ficou jogando a culpa no outro.
_ Não sabe a diferença de açúcar para sal?
_ Claro que sei, pior foi você que não limpou a carne e fez ela cheia de terra.
Gabriel e Anthony começaram a dar gargalhadas. Cá...Cá...
E a vovó Zeli, continua contanto.
_ O saci-pererê morrendo de gargalhar, pegou galhos com espinhos, levantou a sela dos cavalos bem devagarzinho os colocou embaixo. Depois, colocou novamente o seu gorro vermelho e apareceu para um dos caçadores que estava no canto fumando e disse:
_ Seu moço! Enche o pito pra mim?
O caçador arregalou os olhos e tentou gritar, mas o grito não saia.
Ele meio sem jeito e com muito medo pegou o fumo de rolo e colocou um pouco no cachimbo do saci.
O saci tratou logo de gritar, todo bravo.
_ Acenda logo. Tá demorando muito. E começou a gargalhar muito alto.
Nesta hora os outros companheiros viram que o saci estava fazendo com o seu companheiro e correram todos em direção aos cavalos.
Eles nem bem sentaram e os cavalos saíram dando pinotes, por causa dos espinhos.
O saci gargalhava, até que os homens saíram correndo da mata, sem levar os animais que eles haviam caçado.
Então, o saci soltou todos os animais capturados. E os caçadores nunca mais foram vistos na região.


Fim