segunda-feira, 13 de julho de 2009

O biodiesel - De soja, mamona, dendê,canola, algodão, babaçu...

Como é produzido?
O biodiesel, uma alternativa ao óleo diesel mineral derivado do petróleo, é produzido a partir de óleos vegetais extraídos de diferentes matérias-primas, como soja, mamona, dendê, girassol, amendoim, algodão, babaçu, canola e gordura animal. Pode ainda ser obtido com o reaproveitamento de óleos vegetais que sobram de frituras, por exemplo. De maneira geral, o processo de produção do biodiesel envolve o esmagamento dos grãos das matérias-primas para a extração de seus óleos, que são posteriormente reagidos com um álcool – etanol ou metanol. Esta reação gera o novo combustível em seu estado puro, conhecido por B100. Cada matéria-prima produz um biodiesel com diferentes níveis de combustão e capacidade de lubrificação. Variam também o teor de óleo em cada vegetal, bem como a produtividade que proporcionam. Segundo a Empraba (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), 48% da mamona se transforma em óleo, ao contrário, por exemplo, do dendê, que rende apenas 22% de óleo. Por outro lado, um hectare de dendê pode gerar 4 toneladas de biodiesel – a mesma área de plantação de mamona produz apenas 0,7 toneladas. De acordo com um estudo feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, a soja é hoje a matéria-prima de utilização imediata mais viável para se produzir o biodiesel no Brasil. A estrutura já existente para o seu plantio, distribuição e esmagamento dos grãos não requer muitos investimentos extras, o que barateia o preço final do combustível – por enquanto, o biodiesel ainda é mais caro que o diesel mineral.

É um combustível poluente?
A principal vantagem do biodiesel é a ausência de enxofre em sua composição, que por si só reduz em no mínimo 15% a emissão de poluentes na atmosfera. Além disso, o volume de gás carbônico liberado durante sua queima é praticamente o mesmo retirado do ar pelas plantações de soja, mamona e dendê, entre outras oleaginosas. Anulando a emissão de enxofre e CO2, o biodiesel torna-se uma alternativa viável ao diesel tradicional, um dos derivados do petróleo mais nocivos ao meio ambiente.

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