segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Crônica - Fantasia de Papai Noel - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 66352- livro 5 A




“Fantasia de papai Noel”

O natal se aproximava. Joaquim, muito galanteador e metido a esperto, sonhou em continuar traindo o amigo Mário.
Marlene era uma mulher muito bonita e fogosa e que traía sempre o marido, Mário, sempre que ele ia para o trabalho na fábrica de carros.
Joaquim conheceu a gostosona, justamente, numa destas festas de final de ano, que a empresa fazia para os seus funcionários.
Foi durante esta confraternização, que Joaquim, conseguiu tramar um plano juntamente com Marlene, para uma orgia noturna, enquanto o marido estivesse no trabalho, durante o turno. Ela sabia que na noite de natal, o marido estaria agarrado lá na fábrica.
─ Marlene, como fará?
─ Ora, meus filhos, vão dormir cedo. Deixo a janela da sala aberta que é baixa e você entra furtivamente. Mas, tome cuidado para os vizinhos não te virem entrar.
─ Pode deixar meu amor, para estar com você, faço qualquer coisa.
Joaquim ficou todo empolgado, com a possibilidade de trair o amigo.
No dia 24 de dezembro, Marlene, tratou de preparar uma bela ceia. Mesmo sabendo que o marido, passaria a noite de Natal trabalhando.
Preparou o tradicional peru e com calda de abacaxi. Fez diversos pratos quentes e frios. O marido não entendeu muito. Mas perguntou assim mesmo:
─ Marlene, porque você está preparando esta ceia? Sabe que não vou poder estar presente.
─ Sei sim. Mas nossos filhos vão estar. E além do mais, sempre aparece um vizinho ou amigo para um abraço de confraternização. E quando você chegar. Ainda poderá provar de tudo.
─ Tá certo! Você tem razão.
Em seguida, Mário, saiu, para o trabalho no ônibus da empresa. Que sempre pegava seus funcionários na rua de baixo.
Assim, que deram 22 horas, Marlene, correu para a janela do seu quarto, a fim de esperar o Amante chegar.
Não demorou muito e lá vem ele, todo sorridente.
Entrou sorrateiramente pela janela da sala que estava aberta, propositalmente. No alto da escada. Marlene, o esperava vestida com uma camisola. Calcinha rendada vermelha. Afinal, era natal. Rsrs.
Os dois se beijaram ali, e Joaquim, com sua mão boba. Apalpava a nádega da mulher.
─ Calma, Joaquim. Espere até entrarmos no quarto. Os meninos estão dormindo, mas podem acordar.
Marlene pegou o amante pela mão e o conduziu para o quarto. Lá os dois ficaram num tremendo lesco, lesco.
Antes mesmo, que o relógio, atingisse às 24 horas.
Subitamente, o casal de amantes, ouviram a portão de casa rangir. Marlene, correu discretamente até a janela do quarto e viu o marido que chegava fantasiado de Papai Noel.
─Meu Deus! Joaquim, meu marido chegou.
─ Como, se ele estava no trabalho?
─ E agora? O que faremos? Sair pelo mesmo caminho não dá. Pois, ele vai entrar justamente pela sala. Ao mesmo tempo, se pular daqui de cima, irei morrer com queda.
─Tu vai morrer mesmo e eu também. Se não tivermos uma desculpa boa para inventar.
─ Joaquim, falou baixinho, vou entrar no armário.
─ O armário não te cabe. Você é pesado de mais.
Sobre a espreguiçadeira, repousava uma roupa de papai Noel
, onde ele traía o amigo com a sua esposa.
Pensou ele. “Chifre trocado é galho serrado.”
, do ano passado. Joaquim, não pensou duas vezes. Pegou a roupa do bom Velhinho e se fantasiou.
Marlene, muito debochada, vestiu-se comportadamente.
Mário entrou em casa e foi logo procurando pela esposa.
Ao abrir a porta do quarto. Ficou surpreso, ao ver a sua esposa sentada na cama e Joaquim, fantasiado de Papai Noel, acomodado sobre a espreguiçadeira. E foi logo perguntando.
─ O que está acontecendo aqui? O que veio fazer aqui em casa, vestido deste jeito?
─ Calma, Mário! Sua mulher me chamou para que eu pudesse vir fantasiado de Papai Noel, para entregar os presentes que você comprou para os seus filhos. Já que você, este ano, não poderia se fantasiar. Pois, estaria no trabalho.
Mário, meio que desconfiado, coçou a cabeça... Procurou aceitar a desculpa da mulher e do amigo.
Afinal, ele também, antes de chegar a casa, havia passado na casa do Joaquim, onde ele traía o amigo com a sua esposa.
Pensou ele: “Chifre trocado é galho serrado.”


Autor: Carlucio Bicudo - registro 66352 - livro 5 A

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