segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Animais em Perigo.



Muitos cientistas consideram que a interferência humana no ambiente natural está levando a Terra ao período de maior extinção de animais em massa ocorrida desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos. A destruição do habitat pelo homem, a exploração comercial vinculada à caça, à pesca e ao desmatamento, o crescimento populacional humano e o desequilíbrio provocado nos ecossistemas estão por trás deste fenômeno. De acordo com a Organização Não-Governamental Fundo Mundial para a Natureza (WWF, em inglês), nas três últimas décadas, houve uma redução de cerca de 40% da fauna em todo o planeta. A ONG União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN na sigla em inglês) mantém uma lista mundial de animais considerados ameaçados de extinção, conhecida como Lista Vermelha. Em 2004, a UICN catalogou 7.266 bichos que correm o risco de desaparecer. De acordo com o relatório, uma em cada três espécies de anfíbios (32%), uma em cada oito espécies de aves (12%), uma em cada quatro espécies de mamíferos (23%) e quase metade (42%) das tartarugas de água doce estão sob ameaça. A Lista Vermelha da UICN coloca o Brasil entre os cinco países com o maior número de espécies ameaçadas, ao lado de Austrália, China, Indonésia e México. Segundo relatório de 2003 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), existem no Brasil 495 animais que correm risco de extinção. A falta de fiscalização e a impunidade dos infratores contribuem para esse número alarmante. Dentre as estratégias adotadas para reverter o quadro estão a designação de áreas que sirvam como santuários para os animais, estímulo à procriação em cativeiro para depois liberar a prole no habitat natural e a criação de leis mais rigorosas para punir a caça ilegal e o desmatamento indiscriminado.

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